Olá pessoas.
Mais um blog. Coisa tão 2006 mas sim, ainda existem. Existem e servem para denunciar, passar tempo e ocupar espaço em servidores. Também consomem tráfego.
Serve este bonito preâmbulo para chegar onde eu quero: há coisas na sociedade. Bastantes até. Dessas coisas, há umas quantas que me revoltam e deviam revoltar qualquer ser humano que goste de ver vídeos de gatinhos no Youtube (um site bem giro até, tem vídeos que ocupam para cima de umas 30 VHS!). Espero aqui ter um espaço de luta e revolta contra essas enormidades capazes de arruinar o dia de qualquer mamífero que nem um rolo de papel higiénico vazio naquelas horas aflitivas.
Urge começar com aquilo que dá nome a este estabelecimento: o uso indevido da palavra flagelo. Ora, diz o dicionário online Priberam que um Flagelo é:
1. Azorrague para açoitar; disciplinas
2. Castigo [figurado]
3. Tormento
4. Calamidade pública
5. Peste
6. Tortura
7. Pessoa ou coisa que incomoda
8. Filamento móvel (ou cílio vibrátil) que serve de órgão locomotor a certos protozoários [história natural]
http://www.priberam.pt/dlpo/flagelo
Primeiro, gosto de ver que a Priberam é criativa: começa por atirar logo um azorrague para a mesa para por a malta a saltar de página em página no dicionário. No fundo, os dicionários inventaram o clickbait. Depois, acreditando que os media não apostam muito nas notícias sobre protozoários, é do senso comum que quando classificamos um evento como flagelo referir-mo-nos a calamidades e outras desgraças.
Um terramoto no Sri Lanka é um flagelo. Um vírus à solta em África é um flagelo. Donald Trump é um flagelo. A falta de stock de Gin na festa dos 20 anos da Caras não é um flagelo. A sede vampiresca por clicks e visualizações de páginas dos jornais e revistas levaram a um embrutecimento do critério jornalístico e hoje em dia tudo é um flagelo. Por vezes também é uma tragédia. À luz deste critério penso que a falta de Gin seria um flagelo e uma nódoa de azeite no vestido da Cinha Jardim seria uma tragédia.
Podia desenvolver mas não me apetece. Este assunto agasta-me. Para quem quer estudar mais profundamente o assunto recomendo uma visita a sites de jornais e o visionamento de telejornais. Se querem aquele autor fundamental da bibliografia então leiam o Correio da Manhã e tomem 2h diárias de CMTV e 1 Ben-U-Ron. Depois voltem aqui, voltem a ler tudo 3 vezes com refreshs a cada nova leitura. Repitam durante 1 mês.
Filamento móvel (ou cílio vibrátil) que serve de órgão locomotor a certos protozoários flagelados.
"flagelo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/flagelo [consultado em 04-09-2016].
"flagelo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/flagelo [consultado em 04-09-2016].
Filamento móvel (ou cílio vibrátil) que serve de órgão locomotor a certos protozoários flagelados.
"flagelo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/flagelo [consultado em 04-09-2016].
"flagelo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/flagelo [consultado em 04-09-2016].
